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Manuseamento
O manuseamento do poste, desde o estaleiro de fabricação à sua aplicação, passa por diversas fases transitórias, nas quais são necessários cuidados na movimentação a acondicionamento, de forma a prevenir danos e deterioração.
O poste deve ser sempre manuseado pela direção principal.
A carga sobre o camião realiza-se acamando os postes diretamente sobre o lastro do camião ou sobre cavaletes revestidos a madeira.
Em cada camada são colocados, no mínimo, três apoios alinhados verticalmente, localizados sobre as zonas maciças, constituídos por barrotes de madeira com secção transversal aproximada de 30 x 60 mm, colocados em toda a secção de contacto.
Os postes são elevados normalmente por um único ponto localizado na secção do centro de gravidade, onde é aplicado um dispositivo metálico de configuração adaptada à secção transversal ou uma cinta de carga envolvendo toda a secção transversal. Pode também ser utilizada a furação da alma do poste.
Os postes podem ser manuseados individualmente ou agrupados dois a dois.
A carga no seu conjunto é cintada com fixações à estrutura do camião.
A descarga em obra é geralmente realizada utilizando a grua do camião, com capacidade máxima de 5/6 t.
O procedimento é determinado em função do peso dos postes e das condições locais de descarga, no entanto, por regra, são descarregados lateralmente, situação de menor abertura da lança da grua.
As condições de elevação e os acessórios utilizados são os mesmos descritos para a carga em fábrica. Na descarga em obra o poste é elevado utilizando cinta ou estropo envolvendo a secção transversal do centro de gravidade ou utilizando a furação da alma, conforme adequado, por um ou dois pontos com afastamento mínimo entre si de 2,5 m, centrado sobre o centro de gravidade.
Na descarga ou noutras situações transitórias, os postes devem ser parqueados seguindo os procedimentos relativamente aos apoios descritos para a execução da carga. Devem ser colocados sobre suportes planos ou, caso tal não seja possível, garantir o nivelamento e a estabilidade dos apoios da primeira camada de postes.
Na descarga é habitual a utilização de dois estropos de aço a passarem pela furação na alma do Poste cuja tendência será a de ferir as abas, caso as mesmas não venham a ser convenientemente protegidas com tela, madeira ou chapa. Presentemente aconselha-se a utilização de lingas em fibra têxtil sintética. Estas lingas são leves, maleáveis, de alta resistência e com a possibilidade de serem fornecidas com uma capa protectora. No local da descarga devemos colocar os postes em solo plano e de modo a facilitar o seu deslocamento para o local de implantação. Caso o solo não seja plano, será necessário obter altura sólida para que a 1ª fiada fique nivelada e evite deixar ou vir a ter postes tombados.
O poste deverá ser sempre manobrado pelo Sentido Principal.
Aconselha-se um conhecimento correcto do traçado da linha para que os postes fiquem perto do local de implantação. Do local da descarga à implantação, os postes nunca deverão ser arrastados pelo chão mas sim transportados em carro próprio tipo “chariot”.
Os cuidados de manuseamento deverão ser os mesmos da descarga: com duas lingas a passar pela furação na alma do poste e distanciadas de 1,5 a 3,0 m.
Para minimizar as operações de manuseamento deve ser realizado um planeamento com base no traçado da linha e no estudo prévio das condições locais. Nas pequenas deslocações como do local de descarga para o local de implantação, os postes nunca devem ser arrastados sobre o solo, devem ser transportados sobre dispositivos apropriados do tipo "chariot".
